Uma vez o
diretor do Auto Esporte me chamou pra fazer uma matéria. Ele sabe que não sou
jornalista, ele queria uma estética diferente, publicitária. Lá fui eu com o
roteiro!
A matéria era
sobre o lançamento de uma moto.
Wesley
Menegari era o diretor de fotografia e fazia câmera. Já estava acostumado com
as matérias, não lembro se ele era fixo do programa, mas já tínhamos trabalhado
juntos várias vezes na GW, onde o programa era feito.
Numa tantas,
no meio da matéria, acho que por conta da luz, não lembro o motivo de eu não
ter feito toda a matéria primeiro e por último a performance da moto,
fomos fazer a dita cuja, única no Brasil, correr na pista.
Eu fiquei
atrás da grade de proteção da pista sentada na Van com a porta aberta paralela
ao Wesley deitado no meio da pista com a câmera na frente.
Precisa ser
MUITO MACHO pra ficar ali e a moto vir numa puta velocidade e passar na lateral
dele, mas o cabra é bom, "OS" tanto o piloto quanto o Wesley.
É uma cena
difícil de ser captada porque a troca de foco tem que ser precisa, então algumas vezes o Wesley pediu pra repetir.
Assim que ele
passava pela câmera, na velocidade máxima, reduzia, entrava numa curva lá na
frente e voltava devagar pra ver se precisava refazer a cena.
Vai uma!
Nhééémmmmm, reduz, aquele barulho gostoso dela devagar voltando, revisa a cena.
Wesley e piloto assistem pelo viewfinder (o visor) da câmera. Wesley dá
instruções ao piloto pra começar bem no centro da pista e sair pela lateral lambendo a câmera
e eu já arregalando os olhos.
No último
take, o que valeu (porque não teria outro) nós escutamos um barulho e uma
fumaça de areia na curva.
Caraca!!!!!!
O cara derrapou e não fez a curva!!!! A moto foi reta e ele caiu sei lá
quantos metros pra dentro da curva.
Nessas pistas
de provas sempre tem no acostamento, uma ambulância preparada pra algum
acidente.
Eu sei que a
adrenalina era tanta que eu corri até o piloto e cheguei antes da ambulância e
da equipe que estava na pista.
Eu não gosto
de carro nem de moto, velocidade não é comigo e PQP foi acontecer isso
justamente no dia que eu estou na equipe?!!!!!
Cheguei e ele
ainda zonzo estava deitado no chão tentando se levantar. Travei o cara no chão
até chegar a ambulância e fiquei conversando com ele. Ele queria saber da moto.
Virgem Maria! O cara sei lá em que estado tava, eu via sangue no rosto e ele só
queria ver a moto.
Santa roupa e
equipamentos de segurança que o piloto de corrida usa pra uma eventual queda, a
moto foi dividida em duas e o cara ralou o rosto por causa do impacto do capacete.
Saiu ileso. Acabou a matéria ali. Fomos para o pronto socorro pra checar se
tava tudo bem mesmo, a moto única deu PT (perda total), mas graças a Deus o
piloto saiu só com escoriações.
Pergunta se
me arrisco de novo a fazer qualquer coisa que envolva velocidade?
Nem me lembro se o que foi captado deu pra fazer uma matéria. Só lembro do trauma.
Adrenalina puuuuraaaa... adooroooo...kkkk... imagino vc toda desesperada com o coração na mão, realmente primeira e ÚLTIMA .......
ResponderExcluirQuem tá de fora e ve tudo prontinho não pensa nos "perrengues" q vcs passam 😳😳, q venha a próxima 😉😀
Me conhece como poucas pessoas Katia. Imagina meu coração? Ainda bem que em situações assim eu não travo. Só travo com cachorro passando mal.
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ResponderExcluirMuito bom Ana, bacana demais relembrar esses perrengues. Leandro Melo, o piloto da moto, gente da mais alta qualidade e um super fera. Derrapou na sujeira de uma obra. Felizmente, danos materiais e muita história pra contar rsrs. Parabéns pelo blog, pelo podcast. Você é uma das lembranças que gosto de ter, fizemos bons trabalhos, rimos muito e você e o André são profissionais que dão orgulho. Abraço! Quando estiver por estes lados. Grita!
ResponderExcluirObrigada Wesley. O primeiro trabalho que fiz na GW fiz contigo. E você também é uma das lembranças que gosto de ter. Um beijo grande pra você e pra Musa.
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