Filme - Sementes Podres

 




Sabe quando você tá procurando um filme na Netflix e não acha nada aí escolhe um só porque tem Catherine Deneuve no elenco?

Zero expectativa comecei a ver Mauvaises Herbes (Ervas Daninhas) aqui foi nomeado Sementes Podres.

Uma produção francesa com roteiro, direção e atuação de Kheiron um iraniano. Guardem esse nome. Só não gostei da câmera na mão, um pouco nervosa as vezes, bom eu raramente gosto de câmera na mão.

É um filme de direção de atores, o restante é só pra dar uma cama pra atuação, com exceção de uma cena linda de Wael pequeno no meio de uma avenida destruída com um tanque de guerra atrás dele.

Fico imaginando o quanto deve ser difícil atuar e dirigir ao mesmo tempo. Uma cena vá lá, mas o filme todo?

O filme já começa bem, uma canção linda árabe, como de ninar, contrapondo imagens de guerra no Líbano.

Uma família é morta e sobra só um garotinho de aproximadamente 5 anos.

O garoto pra sobreviver pede dinheiro na rua, mas não rola, aprende a bater carteira de uma maneira criativa, não vou dar spoiler senão perde a graça.

Uma freira o acolhe.

Avança até os dias de hoje, ele com 35 anos vivendo com a senhora que o acolheu, a nossa diva Catherine Deneuve, que não é mais freira.

Wael e Monique formam uma dupla de trapaceiros engraçada, aplicam pequenos golpes pra viver.  Até que aplicaram no homem errado, Victor um amigo de longa data de Monique.  

Sementes Podres é uma comédia gostosa com uma bela mensagem.

Termino com a frase que abre o filme.

“Não há ervas daninhas, nem homens maus.

Há, sim, maus cultivadores.”

Victor Hugo

Não tem como não virar fã desse diretor e ator, no final do texto dá uma olhada no clip que ele gravou com o elenco.

Vai na minha que você não erra.

 Texto de Ana Cal


Tem séries que deveriam ser um longa metragem e tem longas que deveriam ser série.

Sementes Podres certamente daria uma série. O roteiro e as histórias paralelas tem fôlego suficiente para sustentar vários episódios.

Já que não temos uma série vamos falar do filme.

Sensibilidade é a palavra. O filme flui leve, mesmo quando temos cenas mais fortes, sem agredir.

No documentário dos Titãs, “A Vida Até Parece Uma Festa” de 2009, tem uma passagem interessante que acho que ilustra a parte técnica do filme.

Em um ensaio o baterista Charles Gavin exagera e faz várias “viradas” levando uma bronca do produtor Liminha. Charles fica contrariado e tenta argumentar, Liminha encerra a questão dizendo:

- Vocês são uma banda e essa música não é um solo de bateria.

Ensaiam novamente e dessa vez Liminha elogia Charles, ele e toda banda aplaudem o baterista.

Muitas vezes o excesso na fotografia e direção de arte “roubam” o filme. Em Sementes Podres a fotografia e direção de arte tem a humildade de servirem ao roteiro e com isso deixarem os méritos com a direção e atores, completamente adequadas.

É um filme, como disse a Ana, que tem uma bela mensagem e merece ser visto.

Texto de Fernando Nunes

 

 

                                             Trailer Sementes Podres


                                    Clip com elenco de Sementes Podres


                                           Bronca do Liminha no Charles


 

 


Comentários

  1. Sensacional!!! Obrigado pela dica !

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  2. Se é indicado por dois feras no assunto será meu próximo filme a assistir, embora já tinham me indicado, mas agora não passará em branco, obrigada pela dica.

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    1. Assisti, espetacular, um filme a assistir bem leve para os dias de hoje mas com uma mensagem digna de ser assistida, valeu...

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    2. Adorei que você gostou!

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